Concordo que maus professores não podem estar em sala de aula, aprovo a ideia de que precisam ser avaliados constantemente, mas a alternativa encontrada pela cidade de Nova Iorque para lidar com o problema é, no mínimo, desumana. Li há pouco sobre o assunto. E fiquei chocado.
Por lá, por não poderem ser demitidos, os professores ruins são afastados e colocados numa espécie de castigo. Veja o relato:
Eles passam os dias de trabalho confinados em salas vazias, dentro de complexos chamados de Centros de Recolocação Temporária. […] As salas desses centros foram apelidadas de rubber rooms (quartos “emborrachados”, em referência a quartos de hospício). […] Tirando as carteiras típicas, nada lembra uma sala de aula. Não há livros, mapas pendurados na parede nem computadores. Algumas nem sequer têm janelas. Os professores são vigiados por dois seguranças e dois supervisores da Secretaria de Educação, têm horário para chegar e ir embora e não podem acessar a internet nem falar ao celular. […] E isso pode durar anos.
É verdade que os resultados já começam a aparecer. A qualidade de educação melhorou sensivelmente. Entretanto, será que não haveria uma forma mais humana de lidar com o problema? Ainda que sejam ruins, devem ser respeitados. Não devem em hipótese alguma permanecer como educadores. Porém, é uma agressão tratá-los de tal forma.