Gosto de blogs. Já vai pra cinco anos que estou brincando na rede. Bem, não sei se brinco tanto assim. Ainda me sinto todo meio duro na hora de escrever. Me expor, me mostrar dá trabalho. Mas é bom estar na rede.
Sempre que passo por um blog vejo ali a janela de uma alma. Alguém tentando se expressar. É isso que tento fazer por aqui. Acho que até hoje não achei a receita. Quero que este espaço seja apenas para expressar minhas ideias. Mas nunca dei conta de fazer isso plenamente. Ele acaba reproduzindo parte do meu trabalho, mas não totalmente. Mostra o que penso, mas só parcialmente. Ainda assim, vou insistindo.
Há tempos em que produzo mais. Sinto-me mais solto para os textos. Noutros, pareço me arrastar por aqui. Dá vontade de fechar a conta e dizer até outro dia. Mas não é tão simples assim. Cria-se o vício, a necessidade de dialogar – ainda que com o nada. Afinal, isto tudo é mesmo meio maluco. Produzimos, mas não sabemos para quem. Falamos, mas não sabemos se somos ouvidos.
A internet traz essas contradições… Proximidade e distância. Verbos e silêncio. Amor e ódio. Amigos e inimigos. Admiração e rejeição.
Nestes anos que estou por aqui, já vivenciei um pouco de tudo isso. Conheci gente maravilhosa que nunca vi, mas que sempre passa para dar um “oi”. Às vezes, vão além. Deixam uma palavra carinhosa, um comentário positivo, incentivam a continuar o desafio de tornar em textos algumas de nossas reflexões silenciosas.
Também descobri que nem sempre é possível ser amado. Por mais que se tente acertar sempre, ou que se silencie diante do mundo, haverá alguém com o dedo apontado para acusar, questionar, criticar. O querer agradar sempre é uma utopia, uma recusa, uma impossibilidade.
Ainda assim, sinto o blog me convidar a continuar. Esta página na tela, com botões diversos, parece me chamar… Quando ouço seu nome, tenho a impressão que faz parte de mim. Talvez faça mesmo, seja uma espécie de extensão digital da minha vida. Mesmo que reflita apenas fragmentos de mim, cá estou em cada palavra, twett, post… na escolha do layout, das ferramentas ou da falta delas.