Sentimentos são estranhos. Por vezes, parecem mais que fortes do que nós. Consomem-nos. Arrebatam os sonhos, os desejos, as vontades. Em alguns momentos, nossa vida é ocupada por um outro alguém. E essa pessoa parece ser nossa razão de existir. Deixamos de pensar em nós; a pessoa amada é quem ocupa o centro de nossa vida. Você deita e acorda pensando nela. Quando o telefone toca, já suspira e imagina: seria ela? Tudo faz lembrá-la. Não importa a música, a poesia… sempre dizem coisas do coração.
A dor da ausência, a distância, as impossibilidades incomodam. E a razão reclama a necessidade de retomar o controle, voltar a ser você. Mas o outro parece estar em toda parte, ocupando cada pequeno espaço, até as próprias células. Os desejos são contraditórios, ambíguos. A vontade de se libertar confunde-se com o desejo intenso de estar junto, as carências, o sentido de que o outro é quem nos dá o chão, tudo aquilo que precisamos.
É sobre isso que canta Sara Bareilles. Ela já esteve aqui noutra segunda-feira. Hoje, volto a compartilhar uma música desta americana talentosa. Desta vez, Gravity. Vamos ouvir?