
Enquanto pegava um copo de água, “participei” da conversa de uma senhora que falava ao celular. Digo “participei”, porque ouvi todo o papo. Claro, não vou compartilhar aqui. Já basta a falta de bom senso dela.
Talvez eu seja só um ranzinza mesmo. Mas, se conversar ao telefone fixo num ambiente com outras pessoas sempre foi um tanto constrangedor, a situação ficou muito pior com a proliferação de celulares. É chato ter platéia. Porém, é muito mais desagradável ser platéia quando a pessoa que fala, fala alto e esquece que tem um monte de gente ali do lado.
Trabalho num prédio… Então, estou acostumado a encontrar pessoas que dão instruções a um empregado, fecham negócios e até brigam com a mulher enquanto usam o elevador. Fico pensando:
– Não daria para esperar um minutinho? Por que eu tenho que saber que o sujeito quer comer macarrão no jantar? Ou que o carro está trocando o óleo?
Já ouvi gente dando bronca em empregado, mulher falando mal do marido pra amiga, camarada reclamando da interferência da sogra na educação dos filhos, rapaz combinando com colega como vai “pegar” fulana de tal na balada do fim de semana… Tem de tudo, caríssimos.
Reconheço que o celular facilitou a nossa vida. Dá para resolver coisas sem parar de movimentar-se. Você está no caminho do trabalho e pode combinar o horário do dentista; está indo para a faculdade e aproveita para papear rapidinho com a mãe… Mas ligar para o namorado, justo na hora que está na fila do banco, a fim de comentar a noite incrível que tiveram, não me parece a coisa mais sensata a fazer.
Pela louca rotina que temos, cada minuto é importante. A gente vive tentando “ganhar tempo”. Procurando formas de compensar até mesmo a ausência na vida das pessoas que amamos. Também sei que quase ninguém mais trabalha no horário de expediente. Porém, conhecidos e desconhecidos que nos cercam não precisam participar de nossa vida. Se a ligação é mesmo necessária, fale mais baixo. Escolha melhor as palavras. Procure afastar-se um pouco. Mantenha a discrição. É bom para você. E a “platéia” agradece.
Perfeita e oportuna postagem! Bom senso e discrição devem nos acompanhat o tempo todo. Parabéns!
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Grato, caríssima. Sempre bem vinda ao blog. Bom dia!
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Concordo com você. Outro dia, numa loja, ouvi toda a conversa de uma moça, até chorar ela chorou, contando o fim do namoro para a amiga. “Agora não aceito mais, foram 8 anos de compreensão, não dá mais, agora entendi quem ele é.” Pois é, precisou de 8 anos, coitada! E não senti firmeza nenhuma nela. Saí da loja com a certeza de que ela vai aceitá-lo de volta. Fiquei curiosa…rs
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Isso é o pior… A gente acaba querendo saber o final das histórias. Rsrs.
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