Pra encerrar essa série de textos sobre o tema, quero falar sobre a ideia que alguns alimentam… Tem gente que acredita que existe um limite de felicidade. Deixa eu explicar. A pessoa pensa que o seu nível de felicidade foi programado geneticamente. Ou que fulano nasceu para ser feliz e “eu nasci para ser infeliz”.
E sabe de uma coisa? De certa forma, quem pensa assim até pode ter parcela de razão. Os pesquisadores Sonja Lyubomirsky e Martin Seligman sustentam a tese de que nascemos com uma determinada predisposição genética para a felicidade.
Se levássemos em consideração pesquisas de autores que até mesmo nossas emoções são condicionadas sócio-culturalmente, ou seja, que aprendemos a ter essas e aquelas emoções, também concordaríamos que gente que se desenvolveu num ambiente feliz, tem mais chance de ser feliz. Ou tem um nível maior de felicidade.
Mas onde está a fragilidade de conclusões apressadas com base nesses estudos? A fragilidade está justamente no que Sonja e Martin apontam: a felicidade é um estado de espírito; não é uma coisa. Ou seja, não é como a cor dos nossos olhos… Não é algo que a gente não pode alterar. A felicidade tem muito a ver com a maneira como olhamos para a vida, como nos apropriamos das oportunidades e administramos nossas perdas.
Isso significa que não existe essa história de “eu não posso ser feliz”. Todo mundo pode. E como vimos nos textos anteriores, felicidade também não é algo que se compra, não é um destino… A felicidade está na relação que temos com o caminho que percorremos ao longo da vida. Portanto, a felicidade está em nossas mãos.
PS – Evidente que este texto não encerra o tema felicidade. E certamente voltarei a escrever sobre isso. Porém, o post faz parte de uma breve contribuição para refletirmos sobre um tema tão falado, mas que parece tão difícil de se alcançar.
Nunca me senti, realmente feliz! Já tentei de tudo! A sensação que tenho é de estar me enganando! A felicidade é um talento nato, não é algo que se treina, como andar de bicicleta. Sim, nasci pra ser triste e solitário.
CurtirCurtir
Sempre bom saber que alguém diz o que sente, e não o que os outros querem ouvir. Dizem que felicidade é uma lenda. Talvez. Acho que ela é lenda para muitos, e realidade para muito poucos. Pura sorte. Se a vida é um jogo, não é xadrez, nem mesmo poker, é apenas uma roleta. A vida é uma loteria: milhões apostam mas poucos tiram a sorte grande. Isso não é justo nem injusto, apenas é assim.
CurtirCurtir