Com a popularização das redes sociais, inúmeros estudos têm sido desenvolvidos para compreender os seus efeitos na sociedade. Entre as pesquisas realizadas, várias delas envolvem jovens e adolescentes. O objetivo é compreender se existe alguma relação entre a depressão, ansiedade e o uso das redes. Afinal, é fácil notar o crescimento de doenças emocionais nesse público. Mas, afinal, os hábitos digitais estariam entre as causas dessas doenças e transtornos psíquicos?
A maioria dos estudos indica algum tipo de relação entre as doenças emocionais e o uso das redes sociais.
No início deste ano, a revista Lancet apresentou números preocupantes. Com base em dados de 10 mil adolescentes de 14 anos, a publicação científica revelou que, entre os que passam mais de cinco horas por dia nas redes sociais, o porcentual de sintomas de depressão cresce 50% para meninas e 35% para meninos. Mesmo entre os que passam três horas há elevação de sintomas, de 26% para elas e 21% para eles.
Embora os pesquisadores sejam cautelosos em relacionarem diretamente as doenças emocionais com o uso das redes sociais, muitos deles têm se empenhado em alertar para os riscos de ficar horas e horas conectado ao Facebook, Twitter, Instagram etc.
Uma das preocupações é com o efeito das imagens de outras pessoas sobre a vida dos usuários das redes. A quantidade de imagens que sugerem vidas perfeitas, rotinas emocionantes pode gerar ansiedade e sensação de fracasso.
Justamente por reconhecer esses efeitos, o Instagram ocultou o número de curtidas nas publicações;, o Twitter estuda algo semelhante nos posts e outras redes também avaliam estratégias para minimizar as comparações entre usuários. Vale citar que o Facebook e Instagram permitem que o usuário monitore o próprio tempo dedicado às redes.
Entretanto, nada disso resolve se as pessoas ficarem imersas horas e horas nas redes.
Os pesquisadores sugerem apenas duas estratégias para não sofrer os efeitos das redes: menos tempo de tela e mais tempo de vida “real” – ou seja, de contato presencial com amigos, família, atividades físicas, lazer, leitura… Além disso, para os pais, algo que eu já disse aqui: os pais devem ser os mediadores do contato dos filhos com as telas.
Professor Ronaldo. Excelente post. Nós como pais e teoricamente (estatisticamente) menos sujeitos aos efeitos nocivos das redes sociais devemos estar atentos aos primeiros sintomas nocivos em nossos filhos e amigos. Sem duvida a auto afirmação perante ao grupo pode trazer angustia, ansiedade. Vivemos um mundo em que as pessoas são constantemente avaliadas pelos “likes” ou “seguidores”, como se isso fosse a coisa mais importante do mundo. Até onde irá isso. Um forte abraço
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Grato pelo carinho da contribuição com seu comentário, amigo. Abraços
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