Rubinho testou, nessa segunda-feira, o carro da Indy. Depois de 19 anos na Fórmula Um, o piloto brasileiro admitiu que pode correr uma ou outra prova pela categoria. Ele rejeitava a Indy, mas, sem espaço na F1, começa a rever seus conceitos. Ele não quer se aposentar. Sente necessidade de continuar no automobilismo. Por isso, considera a possibilidade de correr noutras pistas.
Eu admiro a insistência do piloto, a vontade de correr. Rubinho será eternamente o segundo. Embora seja recordista em número de GPs disputados, até nisso pode perder o posto de número 1. Michael Schumacher, se disputar mais duas temporadas, como promete, também assumirá esse recorde. Entretanto, isso nada disso tira do brasileiro seu otimismo, sua capacidade de ver as coisas sob um prisma bom, de que há espaço para coisas positivas, vitórias e sucesso.
Rubinho reinventa-se. Ama a família, é grato pelo que tem e conquistou. E sonha. Não para de sonhar.
Não o conheço. Porém, não acredito que essas características sejam uma máscara. Não acho que Rubens Barrichello seja um personagem. Parece-me bem real.
Para ele, não tem tempo ruim. Sente-se vencedor, mesmo sendo constantemente derrotado nas pistas.
Toda vez que o vejo tenho a impressão que o mundo seria melhor se tivéssemos um pouco das características dele.
Quem dera conseguíssemos sempre nos reinventar. Fechou uma porta? Vamos em busca de outra. E se não a encontrarmos, construímos uma saída. Não importa se vai demorar… se vai dar trabalho.
Sabe, entendemos sucesso como vitórias. Vitórias como felicidade. Não toleramos as frustrações. E, por isso, achamos que feliz é quem ganha sempre. Mas não… não é isso. Felicidade é um estado de bem-estar, de sentir-se bem consigo e com a vida. É ser agradecido pelas conquistas… Sentir-se vencedor pelo simples fato de estar vivo.