
É fato que os relacionamentos estão destinados ao fracasso. Não é nada fácil fazer dar certo. Porém, as condições em que vivemos são ainda mais favoráveis ao fim de um casamento. Olhe o cenário… Muitas horas de trabalho e responsabilidades, pouco tempo de sono, raros momentos de ócio… O certo é que o tempo para se dedicar ao parceiro (a parceira) não é muito e, quando estão juntos, é normal se sentirem cansados das tarefas do dia; é natural ter pouca energia para investir na relação.
Além disso, a realidade é bem mais dura do que imaginamos. É natural que surjam dificuldades. E das mais variadas. Podem aparecer problemas com o emprego (ou a falta dele), um dos cônjuges ter que trabalhar fora da cidade e só ir pra casa aos fins de semana (ou até em intervalos mais longos), um dos dois ficar doente, aparecerem dificuldades na sexualidade por desgaste ou mesmo alguma disfunção sexual, problemas com algum filho (doença, drogas etc), a sogra viver com o casal na mesma casa…
Quando as pessoas casam, não contam com esses problemas. Não se preparam para enfrentar essas situações. Nem mesmo acreditam que essas coisas podem afetá-las e colocar em xeque o relacionamento. Entretanto, a vida a dois não é só feita daquele cotidiano idealizado – cuidar da casa juntos, viajar, assistir filmes, frequentar restaurantes, sexo frequente… Por vezes, a realidade é tão dura que nem sobra tempo ou nem existe clima para realizar parte do que se idealizou.
Mas então como sobreviver a essas dificuldades? Primeiro, é preciso querer. É fundamental estar determinado em tornar cada dia um dia a mais junto da pessoa com quem você sonhou dividir sua vida – vitórias e derrotas, saúde e doença, alegrias e tristezas. Mas há outras coisas que também ajudam a manter a sintonia do casal. E uma das mais importantes é o diálogo.
Comunicar-se de forma aberta, clara e chegar a um entendimento mútuo é uma das ferramentas mais eficazes no funcionamento do casamento. O casal deve falar. E falar é diferente de gritar. Muito diferente de discutir, brigar. Gente empenhada em fazer o casamento dar certo fala o que pensa, mas fala do jeito certo, no tom certo. Mas fala. Porque, por mais que duas pessoas se conheçam, quando silenciamos, o outro não tem como adivinhar o que queremos, o que sentimos.
O casal deve reconhecer a importância de falar. Sempre é necessário expressar como nos sentimos. Porém, às vezes estamos esgotados, irritados… E falamos por impulso, dizemos coisas que não pensamos (ou de um jeito que machuca o outro) e depois nos arrependemos. O problema é que voltar atrás num assunto, como se nunca tivéssemos dito algo, é quase impossível.
Dentro do relacionamento, é preciso respeitar as opiniões, decisões e projetos do outro. Isso é básico. Se uma das partes discorda, deve-se negociar, procurar entender e, por vezes, ceder.
Quando a gente ama e vive com alguém, o objetivo num diálogo não é ter razão, mas sim chegar a um entendimento, a uma solução. A prioridade é o bem-estar do casal e não apenas de uma das partes.
Outro aspecto que não pode ser ignorado é o valor que existe em expressar o que se pensa e sente a respeito de si mesmo e do outro. É fundamental que a outra pessoa não tenha dúvidas a respeito dos nossos sentimentos de amor, de admiração… E não há melhor forma de expressá-los que por palavras e gestos de carinho.
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